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ACESSE O RELATÓRIO COMIBAM 2023

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Oração missionária

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Por Dr. Chris Gnanakan

Podemos chegar ao nosso mundo, se quisermos. A maior carência hoje não é de pessoas nem de fundos. A maior necessidade é a oração. -Wesley Duewel

Os crentes de Filipos se associaram ao apóstolo Paulo no que poderia ser chamado de “oração missionária”. Isto se relaciona diretamente com o cumprimento da Grande Comissão de Jesus. É missionária na medida em que é uma súplica pelos “enviados” para compartilhar a mensagem salvadora de Deus (o Evangelho) para aqueles que ainda não a ouviram. Os filipenses oraram por Paulo, seu missionário, que havia sido preso por lutar explicitamente pelo Evangelho, as boas novas sobre Jesus, que é o poder de Deus para salvar todos os que creem. Através dessas orações, os filipenses desenvolveram intimidade entre eles e melhoraram sua expansão.

Nunca sabemos como Deus responderá às orações, mas podemos esperar que nos envolva em Seu plano para a resposta. Se somos verdadeiros intercessores, devemos estar dispostos a participar da obra de Deus em favor das pessoas pelas quais oramos. – Corrie Dez Boom

Há algumas características únicas nesta carta que Paulo escreveu a esta igreja em Filipos. Foi a primeira igreja que ele plantou na Europa em sua segunda viagem missionária, e havia cultivado um relacionamento especial com eles (Atos 16). Diferentemente de suas outras cartas, esta é a única cheia de regozijo e na qual não há um grande problema doutrinário a corrigir! Paulo não precisava demonstrar seu apostolado a esses amados amigos, então apresenta a si mesmo como seu “servo”.

Só avançaremos em nossa obra evangelística tão rapidamente e para tão longe quando avançarmos de joelhos. A oração abre o canal entre a alma e Deus; a falta de oração o fecha. A oração libera as garras do poder de Satanás; a falta de oração o amplia. É por isso que a oração é tão desgastante e vital. -Alan Redpath

A oração missionária vai além de “Deus abençoe e ajude nossos missionários”. Enfoca-se profundamente no progresso ou avanço do Evangelho (destaque para as muitas referências de Paulo ao “Evangelho” em Filipenses 1). Esta oração oferece a Deus os formosos pés de um evangelista ou “apóstolo” de Deus, já que eles são os “enviados” para levar as boas novas de uma salvação tão grande dos perdidos, a qualquer custo (Rm 10:15-17). Devemos considerar esses missionários como uma extensão da equipe pastoral “remunerada” de nossa igreja local. Eles não podem “ir” a menos que os “enviemos” e nossa única outra opção é desobedecer! Os verdadeiros missionários se preocupam o suficiente para deixar as zonas de conforto, cruzando fronteiras e barreiras para chegar aos confins da terra. Eles nos representam onde Cristo não é conhecido. Em consequência, como Paulo, eles sofrem e são perseguidos por anunciar Cristo.

Como cristãos que não estamos sob tal perseguição, devemos encontrar alguma forma de ajudar nossos irmãos e irmãs perseguidos. Eles precisam de nós mais do que nunca: nossa presença, nosso encorajamento, nosso apoio, nosso ensinamento, nossa companheirismo e, talvez mais do que qualquer outra coisa, nossas orações. Nossas orações são cruciais porque nossa melhor oração levará à nossa melhor ação. -Irmão André

Vale a pena destacar o que a oração missionária faz. Jesus indicou a seus seguidores as pessoas sem o Evangelho e as chamou de “campos maduros para a colheita”. Depois, como solução para a escassez de missionários, Ele ordenou que orassem ( Mt 9:35-38)! A primeira e melhor maneira de um crente participar de evangelização e de missões é através da oração. Nossa intercessão é diretamente proporcional ao envio do Senhor. A oração missionária é um mandato divino, não uma opção para os poucos encarregados dos perdidos, mas uma operação e uma obrigação de todos os verdadeiros discípulos de Jesus. A oração não é preparação para o trabalho, é o trabalho. Quando trabalhamos, trabalhamos; quando oramos, Deus trabalha, e sempre o faz melhor! AB Simpson chamou a oração de “o poderoso motor que move a obra missionária”.

Tendo considerado o “quê” e o “porquê”, consideremos “como”, como uma igreja local, cada um de nós pode participar de maneira significativa com nossos missionários. A relação de Paulo com os filipenses pode nos inspirar e nos instruir. Observe como eles se viam como companheiros de trabalho ou parceiros e como se consideravam um ao outro:

  1. Em suas mentes (Fp 1:3). Ficamos tão preocupados com o que é urgente ou o que queremos no momento que negligenciamos o que é importante ou o que mais desejamos. Nossos estilos de vida ocupados consomem nossa atenção e eventualmente nos privam de fazer da oração missionária uma prioridade!
  2. Em suas orações (Fp 1:4). Observe a facilidade com que os pensamentos se convertem em orações. Eles compreenderam suas lutas desde o primeiro dia, e assim todos os dias eles se ofereciam a Deus em oração.
  3. Sobre seus corações (Fp 1:7; 2 Co 7:3). Isto era natural porque eles se valorizavam mutuamente e expressavam amor sacrificial através do serviço desinteressado (cf. Timóteo, Epafrodito, 2: 19-30).
  4. Através de suas canetas (Pp 1:1, 8). Demonstraram seu cuidado de forma prática, mediante o envio de apoio financeiro. Depois Paulo põe tudo de lado para tirar um tempo para escrever a eles uma carta, que ainda hoje lemos!

A oração missionária conecta as pessoas ao Deus de todos os recursos, que supre todas nossas necessidades (Fp 4:19). Isto é particularmente verdadeiro quando nos associamos para levar o Evangelho aos perdidos dentro de uma sociedade hostil. Tal súplica atraiu Paulo e os filipenses ao trono de graça de Deus. Eliminou a ansiedade e criou uma paz que os fez gratos e alegres, mesmo em meio às provas (Fp 4:6-7)!

Dr. Chris Gnanakan é Diretor de Capacitação, Alcance aos Nacionais da Ásia (OTAN) Professor de Teologia e Estudos Globais da Liberty University.

Fonte: Chris Gnanakan