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Pilotos missionários levam o Evangelho aos povos mais distantes do mundo

MAF

 

Pilotos missionários estão voando para os lugares mais isolados do mundo para levar a mensagem do amor de Jesus àqueles que nunca ouviram o Evangelho.

Tudo começou em 1945, quando pilotos dos Estados Unidos e do Reino Unido participaram da Segunda Guerra Mundial, decidindo usar suas habilidades de voo para levar o Evangelho aos lugares mais remotos da Terra.

A organização Mission Aviation Fellowship (MAF) está há 75 anos cumprindo a Grande Comissão e hoje a missão voa mais de 1 milhão de milhas por ano pelas aldeias mais impenetráveis do mundo em montanhas, selvas e desertos. Os pilotos viajam a 13 países levando evangelistas, plantadores de igrejas, mestres cristãos e médicos que servem a pessoas isoladas do mundo moderno.

“O isolamento que não é apenas geográfico. Estão isolados espiritualmente, isolados linguisticamente, isolados etnicamente. Em algumas dessas aldeias, a mortalidade infantil é de 80%, mulheres e crianças sofrem abusos e há guerras constantes. É horrível”, disse o presidente da Mission Aviation Fellowship, David Holsten, ao Christianity Today.

Além dos 13 países onde a MAF opera, como Papua, Suriname e Calimantã, a missão também atua em seis países com acesso restrito que não podem ser revelados por questões de segurança. Além de pregar o Evangelho, a aviação missionária também atua em diversas frentes humanitárias.

Aviões pequenos apoiam as igrejas locais: transportam tradutores que têm trabalhado há anos na tradução da Bíblia para as línguas das pessoas visitadas, enviam cópias das Escrituras recém-impressas e discipuladores.

Atendendo povos sem nenhum acesso ao desenvolvimento do mundo moderno, os pilotos missionários ainda levam serviços básicos a eles. A MAF leva professores e material escolar para a educação de crianças, além de médicos, enfermeiros, vacinas e suprimentos em locais sem assistência médica.

Os aviões da MAF também são chamados para voos de evacuação médica. Sem transporte, uma emergência levaria dias para ser atendida, e seria necessário levar o paciente para caminhar durante dias, por selvas e rios, para acessar a clínica mais próxima.

Os pilotos missionários ainda ajudam comunidades isoladas a se desenvolverem, fornecendo materiais de construção, alimentos, água potável e produtos agrícolas e comerciais.

Trabalho Arriscado

Para cumprir o chamado de pregar o Evangelho a todas as criaturas do mundo, os aviadores fazem um trabalho arriscado, aterrissando em pistas de pouso improvisadas em terrenos irregulares, com grama, terra ou rochas. Em uma aldeia nas montanhas de Papua, as pessoas levaram 15 anos para construir uma pista com picaretas, enxadas e pás.

“Estamos voando em áreas remotas e, portanto, a infraestrutura é mínima, quer seja um equipamento de comunicação que permita o contato regular com o controle de tráfego aéreo ou um equipamento de previsão do tempo que possa fornecer uma imagem precisa e prever as condições meteorológicas”, explicou David Holsten.

David ressalta que a aviação missionária é muito diferente de outros tipos de operações e que os pilotos missionários enfrentam muitos desafios. “Os pilotos fazem tudo sozinhos. Pilotos de companhias aéreas comerciais embarcam em seus aviões e outros calculam o peso da carga. Ao contrário, um piloto missionário precisa calcular por si próprio a carga do avião”, disse.

“Eles têm que carregar e descarregar. Os passageiros embarcam e devem ser orientados em sua língua. As pistas são feitas pelos habitantes do povoado com ferramentas manuais. É um ambiente muito dinâmico. Toda vez que me preparo para pousar, fico atento a um porco selvagem ou búfalo que pode entrar na pista”, disse David.

E concluiu: “É realmente um desafio. Você deve ser capaz de pilotar seu avião com um alto nível de precisão. Creio que é uma das maneiras mais gratificantes de usar um avião.”

A missão dos pilotos missionários, além de bastante arriscada, também é muito cara. Mas para a MAF o valor de uma alma ganha para Cristo é incalculável.

“Vivemos nesse contexto: uma pequena tribo de 100 pessoas vivendo no topo de uma montanha, para a maior parte do mundo eles não existem e certamente não têm importância. Do ponto de vista financeiro, não faz sentido. Levar um avião para lá é caro, alguns milhões de dólares. Mas qual é o preço de uma alma?” Holsten disse.

O desafio atual da Mission Aviation Fellowship (MAF) é recrutar novos pilotos missionários para atender à demanda da organização. David explica que não é fácil encontrar jovens dispostos a passar por cinco anos de capacitação e participar de uma missão.

“Para fazer isso, você precisa aprender outra língua, desapegar de sua família, calcular os custos e realmente dizer: ‘Deus me chamou’. É preciso muito foco e determinação”, disse.

E acrescentou: “Nossa oração é: Senhor, desperta corações desta geração. Gostaríamos muito de ver pessoas apoiando nosso ministério e esperamos que homens e mulheres jovens que estejam interessados ​​na obra missionária se sintam comovidos”.

Fonte: Acontecer Cristiano