Comibam Internacional

Unidade e Colaboração na Missão de Deus

A partir do próprio nome dá para saber o que é PAAM e o que ela faz: Panamenhos Alcançando o Mundo. O mundo que a PAAM quer alcançar é aquele formado por pessoas que nunca ouviram falar de Jesus. Para que isso seja possível, a proposta é cooperar com a igreja para fazer discípulos de Cristo entre os menos alcançados em todo o mundo. Saiba mais sobre esse trabalho nesta entrevista com Carlos Gómez, diretor executivo da PAAM:

O que é PAAM e qual é o foco de seu trabalho?

PAAM é uma agência missionária, mas preferimos referir-nos a ela como uma comunidade de discípulos que fazem discípulos de Cristo entre os povos menos alcançados. Essa foi nossa proposta desde o início. PAAM nasceu em 2006 depois de uma conferência na qual umas 60 organizações e denominações reconheceram que o Panamá tinha um potencial missionário muito grande e não estava tendo um impacto significativo em missões. Nosso foco são os povos menos alcançados, ou seja, os que estão nos mais necessitados, hostis e distantes pontos do planeta.

Em que ponto do processo missionário a PAAM atua?

Trabalhamos ao longo de todo o processo, desde a mobilização nas igrejas para que tomem consciência das possibilidades que têm para envolver-se com missões, até o acompanhamento e cuidado do missionário que está no campo. Vamos juntos com a igreja no despertamento dos vocacionados e seguimos oferecendo formação para os que se sentem chamados, assim como para pastores e líderes, e tratamos do envio. São três pontos essenciais: conectar, capacitar e enviar. Isso implica trabalhar juntos, ter uma visão clara e uma missão compartilhada, desenvolver o potencial daqueles que impulsionam as missões e enviar os obreiros.

Então a PAAM dispõe de uma estrutura grande para conduzir um processo tão complexo?

Não, isso não é necessário. Temos uma base administrativa, mas nada muito grande. Preferimos trabalhar em cooperação e unidade com o corpo de Cristo, beneficiando-nos mutuamente do que o outro fez ou faz. Isso também se aplica ao campo missionário. Não precisamos desenvolver projetos exclusivos e sim atuar em colaboração com outras organizações, integrando atividades complementares e oferecendo algo mais relevante e consistente à comunidade que servimos.

O que PAAM orienta aos que ainda têm dúvidas sobre se devem ou não ir a um campo missionário?

Podem entrar em contacto com a PAAM. Estamos aqui para servir. Em seguida marcaremos uma entrevista com o interessado e seu pastor ou líder imediato na igreja local, para explicar a eles o processo. À medida que avançamos no entendimento, temos mais clareza de necessidades e foco pessoais. Juntos avaliamos diferentes áreas para saber onde e como nos dedicar na preparação.

Quando a pessoa tem a convicção de seu chamado, o que PAAM indica que ela faça?

Quando já existe a convicção, é preciso avaliar o momento correto para continuar o processo, definir com quem a pessoa poderá servir como missionário transcultural a longo prazo, investir em capacitação, mentoria e treinamento prático. Algo que também se pode fazer é experimentar na prática o trabalho missionário transcultural. Por intermédio da PAAM a pessoa pode servir por curto prazo em outra cultura, ajudar outros missionários em seus projetos ou explorar oportunidades de serviço para o futuro. É uma etapa de exploração, recomendável também a um líder de igreja que busca integrar-se mais na missão de Deus.

Falando mais da área do conhecimento, que cursos e conteúdos a PAAM oferece?

Trabalhamos com a capacitação de líderes e com a capacitação missionária. A capacitação da liderança é direcionada a pastores, líderes, mobilizadores, candidatos e missionários, tendo como foco Bíblia, Missões e Ministério. Na capacitação missionária partimos do entendimento que o ministério flui de quem somos. A partir daí nos focamos em oferecer uma capacitação integral para que os obreiros tenham vidas frutíferas e ministérios transculturais efetivos. Consideramos seis áreas de formação: o caráter e a vida espiritual, as habilidades e o conhecimento, os relacionamentos e a adaptação.

Como a PAAM organiza o trabalho a longo prazo no campo?

Consideramos três áreas estruturais. Uma delas é o serviço à comunidade, através de projetos para impulsionar a ajuda e o desenvolvimento das comunidades onde servimos. Outra área é de acesso às Escrituras, que considera a tradução da Bíblia em um formato acessível e o uso das Escrituras. A terceira área é o evangelismo e discipulado, onde desenvolvemos movimentos de multiplicadores de discípulos em contextos pioneiros.

Em que locais a PAAM desenvolve suas atividades?

Estamos servindo em 16 comunidades não alcançadas no mundo, localizadas em 15 países de três continentes: América, África e Ásia. Fazemos isso por meio de Redes de Colaboração Missionária, que incluem igrejas, denominações e agências missionárias de campo com as quais temos desenvolvido alianças. Nosso desejo é servir com um novo paradigma, que ajude a igreja a considerar que a meta não é enviar missionários; a meta é alcançar comunidades com o evangelho. Para isso, nos focamos na transformação de vidas com projetos que integrem o acesso às Escrituras, a evangelização e o discipulado, e o desenvolvimento de projetos que ajudem o bem-estar da comunidade.

Para obter mais informações, visite a página na internet ou o Facebook da PAAM: https://paam.global/ https://www.facebook.com/misioneros.Paam. Os interessados em informação mais específica podem escrever para [email protected].